Trans-form-ação
Estamos submersas. Vivemos mergulhadas em nossos afetos e crenças. E uma delas é a falsa verdade de que possuímos as pessoas e os seus sentimentos. Desejamos controlar até mesmo ao tempo. Quando na verdade nem aos nossos desejos temos plenos domínios. Chegamos com algo pronto, que julgamos estar acabado. Daí surgem pessoas, eventos, mudanças... e tudo vira transitório, trans-form-ação. E nessas horas talvez nos percamos, talvez fique sem sentido, talvez não saibamos nem para onde escorrer (porque a existência fica escorregadia, passa quase a não existir). E aí: haja possibilidades de encontro. De se refazer. De se achar. De novamente se construir. Para quê? Para depois se perder, e se achar, e se perder, e se achar... Seriam essas as notas que regem as nossas vidas?